As crianças foram retiradas de casa dos pais na noite de 20 de Junho de 2008, pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Salvaterra de Magos, por alegada falta de condições de higiene e habitabilidade. Após a retirada das crianças, Marília Batista, com a ajuda da sociedade civil e de elementos da Associação de Shorinji Kempo de Foros de Salvaterra - onde os dois filhos mais velhos de Marília e Joaquim praticavam desporto - construíram uma nova habitação com todas as condições exigidas pela CPCJ.
Marília Batista dirigiu-se no dia 7 à Câmara de Salvaterra de Magos para falar com a presidente mas tal não foi possível uma vez que Ana Cristina Ribeiro estava ausente. A jovem mãe queria saber quanto tempo a autarquia ia demorar a entregar a licença de habitabilidade da casa e quando os fiscais iam ver a obra. O MIRANTE também pediu esclarecimentos à Câmara de Salvaterra de Magos. Até ao fecho desta edição não obtivemos resposta.
“Primeiro tiraram-me os meus filhos, porque não tinha uma casa em condições. Agora que tenho uma casa em condições não os consigo trazer de volta por causa de papéis. Esta espera é angustiante, acho que são entraves a mais e não ter os meus filhos comigo ainda piora a ansiedade”, explica a mãe.
Recorde-se que a juíza do Tribunal de Menores de Vila Franca de Xira responsável pelo caso determinou a 22 de Junho passado que os autos fossem reapreciados pelo Ministério Público e a medida aplicada revista. A magistrada viu fotografias da casa nova de Marília Batista e mostrou-se bastante agradada por a mãe ter conseguido uma casa com todas as condições de higiene e habitabilidade. A juíza referiu ainda que este era um passo muito importante para o regresso das crianças a casa.»
in O Mirante online, 10-9-2009
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