quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Marinhais: Três detidos por roubo


«Militares da GNR efectuaram esta quinta-feira a detenção de três homens residentes em Lisboa por terem roubado, por esticão, um fio de ouro a um idoso que abordaram na rua, em Marinhais (Salvaterra de Magos).

Em comunicado, a GNR afirma que os militares do posto de Samora Correia conseguiram interceptar os suspeitos, com idades entre os 26 e os 28 anos, já no Porto Alto, tendo encontrado dentro da viatura em que seguiam um fio em ouro que foi reconhecido pelo cidadão assaltado.

Os três homens ficaram detidos até serem presentes a primeiro interrogatório judicial, adianta o comunicado.»


in CM online, 29-9-2011

Santarém quer acolher projecto piloto que visa colocar militares da GNR nas juntas de freguesia


«A Câmara de Santarém quer acolher um projecto piloto que visa colocar militares da GNR nas juntas de freguesia, criando uma rede de "grande mobilidade, visibilidade e proximidade" às populações, disse à agência Lusa o presidente da autarquia.

 - Moita Flores -

Francisco Moita Flores disse à Lusa que o comandante territorial da GNR de Santarém, coronel Corte-Real Figueiredo, lhe apresentou um modelo de acção "extremamente inovador e operacional", que vai "muito além da visão tradicionalista de uma segurança à espera".

Segundo disse o autarca, o modelo proposto permite uma "muito maior rentabilização de meios materiais e humanos", permitindo "um policiamento de proximidade, muito mais ativo, perto das pessoas e que permite à GNR responder com mais eficácia aos problemas das várias freguesias".

Corte-Real Figueiredo disse à Lusa que o projecto está "em fase de planeamento, de maturação, de ouvir os interessados", porque quer que as populações "o percebam e aceitem como uma ideia que pode ser uma boa solução em tempo de crise".


- Corte-Real Figueiredo -

Moita Flores reconheceu que "não é fácil" fazer perceber os ganhos do projecto num primeiro momento, já que a sua concretização passa pelo encerramento do actual posto existente na freguesia de Pernes e as pessoas vêem no edifício "um valor simbólico" mas que "não responde às necessidades das populações que serve".

O modelo proposto por Corte-Real Figueiredo passa pela colocação de um militar da GNR nos edifícios das juntas de freguesia, tendo à sua disposição um computador, para registar queixas e dar andamento a inquéritos, e uma scooter para poder percorrer a freguesia, fazendo notificações e passando pelas escolas e pelas residências dos idosos identificados como vivendo isolados.

Por outro lado, de acordo com o modelo, as patrulhas em viatura, colocadas de forma a criar uma "malha" de cobertura do concelho, funcionam em articulação com estes militares, permitindo a chegada rápida a locais de eventuais ocorrências.

No caso de Santarém, a GNR possui um total de 38 agentes nos postos de Santarém e de Pernes, tendo, no primeiro caso, seis agentes em rondas ao longo do dia (num total de 22) e, no segundo, três (num total de 16).

No posto de Pernes, oito militares têm que prestar serviço no posto, cinco estão alternadamente em descanso, restando três para andar na rua, sendo que em Santarém essa proporção é de nove, sete e seis.

Eliminando a estrutura física em Pernes, a proporção passaria, segundo o modelo, para dez, dez, 18, duplicando o número de militares na rua.

Para Moita Flores, "é claro de ver que a mobilidade de guardas e patrulhas e a segurança é o que interessa às populações e não terem um serviço de plantão, que mostra autoridade mas não tem condições para a realizar".»


Texto e imagem de Moita Flores in CM online, 29-9-2011
Imagem do coronel Corte-Real Figueiredo in CM, 07-5-2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Detidos três suspeitos de furto em residência da Glória do Ribatejo

«A GNR deteve três homens residentes no concelho de Benavente por tentativa de furto no interior de uma residência, tendo apreendido diversos objetos furtados.

Em comunicado, a GNR afirma que os três homens, com idades entre os 22 e os 25 anos, foram detidos por militares do Núcleo de Investigação Criminal de Coruche, na sequência de uma tentativa de furto no interior de uma residência em Glória do Ribatejo, Salvaterra de Magos.

Os detidos, que foram constituídos arguidos, tendo o processo passado a inquérito, já se encontravam referenciados por este tipo de ilícito criminal, nomeadamente pelo furto no interior de uma residência situada na Branca, concelho de Coruche, acrescenta.

Numa busca ao interior da viatura dos suspeitos, os militares encontraram objetos furtados na residência, bem como diversos utensílios utilizados na execução dos furtos, nomeadamente gorros/passa montanhas, luvas, um pé de cabra e vários telemóveis furtados.

Munidos de mandados de busca, os militares apreenderam ainda, na residência dos suspeitos, uma viatura, seis LCD, doze telemóveis, quatro computadores portáteis, dois GPS, diversas ferramentas, joias, uma arma de caça, três cartuchos, uma viola, uma consola, eletrodomésticos e aparelhos de som e imagem, adianta a nota da GNR.»


in DN online, 26-9-2011

domingo, 25 de setembro de 2011

Glória do Ribatejo: Motociclista César Oliveira Peixe morre em acidente


«César Oliveira Peixe, de 32 anos, morreu ontem, em Benavente, Santarém, na sequência de uma colisão entre um veículo ligeiro e um motociclo que fez também dois feridos graves.

O acidente ocorreu na Estrada Nacional 118, que liga Benavente a Santo Estêvão, junto à Quinta de São Francisco.

César, que conduzia a moto, foi abalroado pela viatura, onde viajavam um idoso de 77 anos e uma mulher de 74 que sofreram ferimentos graves e foram transportados para o Hospital de Vila Franca de Xira.

"É uma grande perda para o moto clube. Estamos todos muito tristes. O César era um miúdo impecável", lamenta José Peixe, primo da vítima e um dos fundadores do Glória Moto Clube de Salvaterra de Magos, ao qual César pertencia há 15 anos.

No local estiveram 12 bombeiros apoiados por três ambulâncias e um veículo de desencarceramento da corporação local, bem como a GNR.»


in CM online, 25-9-2011

sábado, 24 de setembro de 2011

Benavente: Um morto e dois feridos graves em colisão na Estrada Nacional 118


«Um morto e dois feridos graves resultaram, este sábado, de uma colisão entre um veículo ligeiro e um motociclo em Benavente, distrito de Santarém, indicou fonte do comando-geral da Guarda Nacional Republicana.

De acordo com a mesma fonte em declarações à agência Lusa, a colisão deu-se às 15.15 horas na Estrada Nacional 118, na localidade de Benavente.»


in JN online, 24-9-2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Foros de Salvaterra: GNR deteve três pessoas por assalto a residência

«Em 20 de Setembro de 2011, cerca das 13H25, o Comando Territorial de Santarém, através do Posto Territorial de Salvaterra de Magos, procedeu à detenção em flagrante delito de três indivíduos, duas mulheres e um homem, com idades compreendidas entre os 22 e os 44 anos de idade, residentes no concelho de Setúbal, por furto no interior de residência.

Esta acção decorreu na sequência de uma denúncia telefónica de que na localidade de Foros de Salvaterra – Salvaterra de Magos, estava a decorrer um assalto a uma residência, tendo resultado da actuação pronta desta Guarda, além da referida detenção, a apreensão de duas bombas submersíveis no valor de 5000 euros e de uma viatura ligeira de passageiros, na posse dos suspeitos.

Os indivíduos ficaram detidos nas instalações desta Guarda em Samora Correia e Coruche, até serem presentes a tribunal para primeiro interrogatório, previsto para esta quarta-feira.»


(21-9-2011)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Marinhais: Detidos ao tentarem vender ouro falso a dois militares da GNR


«Dois homens, pai e filho, de 40 e 21 anos, foram detidos, ontem de manhã, em Marinhais, Salvaterra de Magos, Santarém, depois de tentarem vender falsos objectos em ouro a dois militares da GNR que circulavam na rua à civil.

Os dois detidos vão ser presentes hoje ao Tribunal de Benavente.»


in CM online, 19-9-2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cartaxo: GNR apreendeu 52 quilos de cocaína


«A GNR apreendeu hoje 52 quilos de cocaína em Vila Chã de Ourique, no Cartaxo, na sequência de uma fiscalização rodoviária a um camião de mercadorias.

De acordo com fonte do comando-geral da guarda, a cocaína vinha dissimulada no interior de um contentor proveniente da Colômbia e dividida em 46 embalagens individuais, armazenada em duas sacas misturadas com outras mercadorias.

Ao conferir o manifesto da carga, a GNR detectou as duas sacas com a cocaína.

O caso foi entregue à Polícia Judiciáriaa.»


in DN online, 16-9-2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Samora Correia: Jovem de 23 anos degolada pelo marido


«Homem de 27 anos é suspeito de ter degolado a mulher, de 23, na residência do casal em Samora Correia. Fonte da GNR garante que não havia queixas de violência domestica.


Uma mulher de 23 anos terá sido morta pelo companheiro durante uma rixa ocorrida domingo à noite na residência do casal, em Samora Correia, concelho de Benavente, tendo o homem, de 27 anos, sofrido ferimentos graves.

Fonte da GNR confirmou à agência Lusa que as autoridades foram chamadas por volta das 23:40 de domingo por uma vizinha do casal, tendo-se deparado, quando chegou ao local, com a mulher degolada e o homem apresentando ferimentos graves e ao que tudo indica feitos com arma branca.

A fonte adiantou que as circunstâncias do crime, nomeadamente o tipo de arma envolvida e se o homem se feriu ou não a si próprio, estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária.

Segundo disse, a GNR não tinha registo de qualquer queixa de violência doméstica, não sendo este um caso sinalizado.

"Se havia desentendimentos nunca houve denúncias", disse.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, além da GNR, no local estiveram três viaturas dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia e a viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de Vila Franca de Xira.»


in DN online, 12-9-2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Vale de Santarém: Kikas, de rainha da sucata a empresária de "meninas"

«Construiu um verdadeiro império sozinha e as más línguas garantem que é uma das mulheres mais poderosas de Portugal. Ao "La Siesta" vão magistrados, deputados e jogadores de futebol.
 
 
 

Na noite do último sábado chegaram à pequena vila de Vale de Santarém (algures entre o Cartaxo e Santarém - é procurar no mapa) oito autocarros. Os clientes da Kikas chegam, de todo o país, organizados em excursões. Ao final da noite, a dona da casa de alterne mais famosa de Portugal - o bar La Siesta - deita contas à vida e contabiliza mais de 2800 entradas. Ainda assim, solta um desabafo: "Correu bem, mas há dias melhores." Nas noites fortes não sobra um único espacinho para estacionar na vila e há clientes que são obrigados "a andar três quilómetros a pé" para chegar ao estabelecimento.

A Kikas é a Maria da Conceição, uma mulher de 51 anos que já foi rainha da sucata, passou pela cadeia de Tires e agora é rainha da noite no Ribatejo. Num espaço de oito anos construiu, sozinha, um verdadeiro império. Reza a lenda que a casa é frequentada por altos magistrados, deputados, jogadores da bola, muita gente conhecida e influente. Sobre isso a Kikas não se descose e não levanta sequer uma pontinha do véu: "Respeito muito quem cá vem", limita-se a dizer - enquanto abre, em menos de nada, uma garrafa de água que a jornalista não conseguiu abrir por falta de força. À chegada ao La Siesta, depois de o encontro ter sido marcado dias antes por telefone, a Kikas olha-nos de cima a baixo e pergunta, num tom de poucos amigos: "Mas afinal o que é que você quer comigo?" Fotógrafo e jornalista engolem em seco. Maria da Conceição, voz gasta e olhar demasiado forte, intimida. No entanto, uma hora depois de começar a entrevista, desata a chorar baba e ranho em cima do gravador, enquanto desfia, pela primeira vez, a história da sua vida a um jornal.

A Kikas montou a casa de alterne em menos de 48 horas. Tinha um restaurante, trabalhava 22 horas por dia e adormecia quase sempre de exaustão em cima de uma arca frigorífica. Até que um dia decidiu que havia de abrir uma "casa de meninas". Logo ela, que sempre foi contra a prostituição. "Pela educação que tive, pela maneira como a sociedade olhava para as mulheres da vida", recorda. A Kikas pensa e executa muito depressa. Foi assim em todos os projectos em que se meteu - além da casa de alterne, Maria da Conceição tem uma discoteca no Cartaxo, um ginásio e, desde o final do mês passado, um restaurante, colado ao bar. Até ao final do ano conta abrir mais um espaço: uma casa para acolher crianças abandonadas.

A perda da inocência No dia em que decidiu que havia de ser empresária da noite arredou todas as mesas do restaurante e sentou-se à máquina de costura. Costurou cortinados, véus e toalhas de mesa. Pouco depois chegavam as primeiras três raparigas - que já andavam na vida e trabalhavam em bares da zona -, trazidas por um homem que costumava almoçar no restaurante e era frequentador do alterne.

Ainda não tinha passado uma semana e a Kikas já queria desistir, aquilo não era para ela. Maria da Conceição, que nasceu rapariga do campo, não tem vergonha de dizer que passou fome "em muitos momentos", mas jura que nunca se prostituiu. Nem para dar de comer ao filho, que criou sozinha, nem na pior fase da vida - quando saiu da cadeia com uma mão à frente e outra atrás e uma nódoa no cadastro. "A Kikas não sabia nada da noite", recorda. E, além da ignorância profunda ainda tinha uma visão romântica do que era "andar na vida". As próprias raparigas que tinha de orientar e gerir estavam mais preparadas psicologicamente que ela. "Eu pensava que era uma coisa simples. Havia conversa e tinha de haver um clique, elas tinham de gostar do homem para poderem estar com ele, mas não. A vida não é isso", diz. Foi quando lhe apareceu uma quarta rapariga, do nada, que prometeu ensinar-lhe tudo o que precisava de saber para sobreviver num mundo "duríssimo". As raparigas telefonaram a outras raparigas e as empregadas multiplicaram-se. Seis meses depois começaram a chamar-lhe "mãe". O nome ainda hoje se mantém. Para as raparigas, Maria da Conceição é a "mãe Kikas". Para os clientes é a "tia Kikas". Para o resto do mundo é apenas "a Kikas" do La Siesta - figura polémica no Vale de Santarém. Há quem a defenda com unhas e dentes. Há quem a odeie. Outros aprenderam, simplesmente, a respeitá-la. Ou a ignorá-la.

No início tinha "tanta pena" das raparigas que lhes levava todas as manhãs o pequeno-almoço à cama. E chorava a caminho de casa com vergonha do que fazia. Até que a vergonha passou. "Aprendi a ser feliz nesta vida, a amar-me, a ser cínica, a fingir e a não ter complexos. Isto é o que eu sou eu e respeito-me muito", garante.

As raparigas Mesmo assim, e apesar do pulso forte que aprendeu a ter com as raparigas, Kikas continua a não abdicar de certos rituais: ainda lhes apanha a roupa, ainda lhes faz a comida todos os dias. Vai às compras com elas, leva- -as ao médico quando estão doentes, ensina-as a orientarem-se. Das 50 que hoje trabalham no bar dez têm vida dupla e só aparecem aos fins-de-semana. Têm empregos ditos normais, mas precisam de ganhar dinheiro extra. No La Siesta há enfermeiras, psicólogas e até uma médica. A maioria não são portuguesas, "porque a mulher portuguesa tem vergonha e prefere trabalhar nisto no estrangeiro". Algumas só o fazem sazonalmente. Ganham dinheiro rápido, param metade do ano e voltam a aparecer. A mais velha tem 46 anos.

Mas a fama do bar não foi construída graças às mulheres - que vão e vêm, apesar de algumas já trabalharem na casa há cinco anos. O segredo do sucesso é a marca Kikas e foi construído "à base de muita psicologia humana". Maria da Conceição diz que se deu conta de que "as outras casas do ramo eram demasiado tristes". Os homens, as mulheres. "Até as bebidas me pareciam tristes", conta. E então a Kikas percebeu que era preciso criar um espaço "de divertimento". Arranjou um microfone e não há uma única noite em que não esteja no bar, a "animar a coisa" - manda piropos aos clientes, diz palavrões, prega sermões aos que acidentalmente "apalpam as raparigas", inventa e apresenta todos os espectáculos. E diz que criou uma casa onde não se paga a entrada e "onde não é obrigatório pagar copos às raparigas". No mesmo espaço convivem magistrados, deputados, trolhas e ex-presidiários. "Porque todas as pessoas têm qualquer coisa em comum", explica. Há uns anos lembrou-se de aproveitar o alterne para fazer solidariedade. O La Siesta tornou--se conhecido por recolher fundos para ajudar crianças que precisam de tratamentos no estrangeiro ou de cadeiras de rodas. Com os clientes, só numa noite, Maria da Conceição já chegou a angariar 7 mil euros para operar uma criança em Cuba. E para que "não haja dúvidas sobre o destino do dinheiro", pais e crianças aparecem no bar, entre a meia--noite e a uma da manhã, "para que todos os vejam".

Os quartos A Kikas tem uma energia inesgotável. Até às 23h30 trabalha na cozinha do restaurante - que tem tido saída "sobretudo para despedidas de solteiro". Depois despe o avental e veste a roupa da noite - sempre branca, preta ou vermelha - e abre a pista à meia-noite, sempre com o mesmo ritual: o bar é incendiado (literalmente) e, ao microfone, repete a mesma ladainha: avisa logo os presentes de que "quem não tem euros" só vê e, quando muito, "vai para a casa de banho bater uma punheta". Assim, sem mais. O que se segue são espectáculos de strip - aos sábados também há shows masculinos - e as meninas a rodopiar pelo bar, roupa curta e maquilhagem mais ou menos carregada, dispostas a facturar. Facturar é levar os homens a consumir bebidas. No final o lucro é divido ao meio: metade é para a Kikas, a outra metade para as raparigas. Paredes meias com o bar, separados por um pátio com uma piscina imponente, há 37 quartos, arrendados às funcionárias. Cada uma paga uma renda diária de 35 euros - que dá direito a pensão completa e roupa lavada. É a Kikas quem lhes faz a comida e a D. Cristina trata da lavandaria. Então e há prostituição nos quartos?, arriscamo-nos a perguntar. "Isso é a vida íntima delas", responde Maria da Conceição. "O que elas fazem nos quartos é com elas e se se prostituírem não tenho nada a ver com isso, nem ganho nada", garante.

Quem que ser alternadeira O recrutamento das empregadas é bem mais simples do que se possa imaginar. "Qualquer ser humano pode trabalhar na minha casa", diz a Kikas, acrescentando que é mais importante a inteligência e a conversa do que o corpo. "Tive aqui uma senhora com 132 quilos que era a mulher mais desejada da casa", recorda. Tudo porque a maior parte dos clientes não estão interessados em sexo. "Acredite que 98% dos homens querem conversar, sentem-se perdidos e elas acabam por ser psicólogas." Por isso a principal qualidade de uma rapariga "é saber ouvir". E ter alguma esperteza associada. "Ensino-lhes que nunca devem chegar o pé de um cliente e perguntar se quer beber um copo. Devem chegar, saber estar como senhoras, cumprimentar, perguntar o nome, conversar com ele, se ele estiver triste perguntar porquê. Passados 15 minutos devem pedir desculpa e dizer que têm de se ausentar para trabalhar. E aí é que o cliente se oferece para pagar uma bebida, para terem mais um pouco de companhia. É tudo uma questão de psicologia", diz.

Mas a mãe Kikas ensina muito mais às raparigas. Até a gerir o dinheiro. Kikas nunca se descose e não diz quanto tiram por mês. Diz só que "pode ser muito dinheiro e que é dinheiro muito rápido". Primeiro diz-lhes que devem pagar as dívidas que têm. Depois aconselha-as a "fazerem a sua própria casinha e a comprarem um ou dois apartamentos para terem uma fonte de rendimento". Por último, recomenda-lhes que saiam da vida depressa. "Porque isto não é vida para ninguém", garante.

pretty woman Quase todas as mulheres do bar têm filhos. E é por eles que quase todas andam na vida. "Querem pagar as faculdades aos filhos, dar-lhes estabilidade. Outras precisam de dinheiro para comer, operar familiares ou pagar dívidas urgentes." Só uma minoria trabalha por prazer: "Essas são mulheres independentes, que se habituaram a ter um nível de vida muito superior." Todos os meses Kikas perde raparigas, porque encontram "um companheiro" na casa. "Acredite que muitas vezes é mesmo amor e tanto elas como eles nunca tinham tido carinho antes. Estas mulheres, quando saem da vida, tornam-se muito meigas, fiéis e dedicadas", diz. Já os homens que frequentam o La Siesta não poderiam ser mais variados. Há os rapazes novos, que às vezes "nem querem ter nada com as raparigas" e só vêm para sair à noite, há os casados, os viúvos e os divorciados. E alguns idosos "que não têm família, vivem profundamente sós e acabam por passar o Natal connosco".

A Kikas, algumas rugas na cara, diz que não acredita no amor - só no amor entre pais e filhos. Casou aos 21 anos, teve um filho, divorciou-se dois anos depois. Nunca mais voltou a casar. Agora tem um namorado. "Um homem extraordinário", que compreende a vida que leva. E apesar de tudo o que já viu na noite diz que os homens não são tão maus como por vezes os pintam. "Os homens... [silêncio] os homens são seres humanos que têm de mostrar à sociedade que são machões, mas na verdade são mais sensíveis e frágeis do que as mulheres e por isso acabam por sofrer muito." É a rainha da noite quem o diz.

Maria da Conceição. A rapariga ambiciosa que nasceu no campo

Poucas vezes aceitou contar a história da sua vida. Não por medo. Não por vergonha. Simplesmente porque "é um percurso com muitas fases e muita coisa difícil junta". Maria da Conceição, 51 anos, era uma rapariga do campo. O pai trabalhava na companhia das águas, a mãe vendia fruta na praça e a avó tinha uma mercearia. Deram-lhe a alcunha de "Kikas" assim que nasceu, quando a parteira a tomou nos braços e exclamou: "Que coisa tão kikas."

Fez o liceu, era boa aluna, mas queria dinheiro "porque não gostava de pedir nada a ninguém" e sempre foi "muito ambiciosa". Desde sempre que se conhece assim. Foi a ambição que a levou a largar os estudos e a arranjar trabalho.

Empregou-se no escritório de uma sucata, a comercializar peças de automóveis, mas o que encontrou foi um mundo de homens rudes, nada habituados ao convívio com uma mulher no local de trabalho. Enfrentou-os. "Mostrando que não tinha medo. Aprendi a ser tão mal-educada como eles ou mais. Se eles sabiam magoar, eu também podia magoá-los", recorda.

Com 21 anos casou. Dois anos depois de ter o filho, hoje licenciado em Ciências do Ambiente (mas está a trabalhar a tempo inteiro no ginásio e na discoteca do Cartaxo), pediu o divórcio. Não sabe explicar bem porquê. Diz que não sabia nada da vida. Conta que os pais sempre a protegeram muito. E recorda que, além disso, "tinha umas ideias diferentes das da sociedade". O que a Kikas queria era ter um filho e ser mãe solteira - os pais perplexos e a aldeia de Vale da Pedra, a 12 quilómetros de Vale de Santarém, escandalizada com a estranha opção de vida.

Entretanto a sucata vê-se envolvida num grande processo-crime por falsificação de documentos. Kikas foi dentro. Primeiro esteve detida na Judiciária. Depois foi transferida para a prisão de Tires.

"Era ingénua, não sabia nada da vida, aprendi a lidar com a mediocridade, com a falsidade", recorda. Na cadeia, aos 30 anos, encontrou de tudo. Mulheres sozinhas, mulheres inocentes, mulheres que mataram, mulheres que traficavam, mulheres que andavam na vida. Um dia escreveu uma carta a um juiz, indignadíssima, por causa de uma rapariga que estava presa por não ter pago "um simples bilhete de comboio". Cartas para aqui, cartas para ali, e lá conseguiu que a moça fosse libertada. "Na prisão aprende-se que até as pessoas mais perigosas e duras são capazes de chorar."

Quando saiu da cadeia Kikas tinha um filho nos braços. Entretanto perdeu a casa e todos os bens. "Na rua as pessoas mudavam de passeio quando me encontravam, foi a pior fase da minha vida. Não tinha que comer e dormia num pequeno colchão, no chão, com o meu filho ao colo." Foi quando se lembrou de começar a pintar quadros para sobreviver. O negócio - Kikas pinta "sobretudo naturezas-mortas" - virou um sucesso e começo a não ter mãos a medir. Diz que esgotou e teve de parar. Mas ainda arranjou um pé-de-meia, mandou o filho para a faculdade e meteu-se numa sociedade de um restaurante, que durou pouco tempo. "Como era divorciada e ex-presidiária, a mulher do meu sócio meteu na cabeça que tínhamos um caso", conta. Foi quanto bastou para estalar outra polémica em Vale de Santarém. Kikas saiu da sociedade, mas o sócio acusava-a publicamente de lhe ter ficado a dever muito dinheiro. Uma noite pegou num papel do notário - que provava que era o sócio quem lhe devia dinheiro a ela -, fotocopiou-o até à exaustão e, sozinha, espalhou-o pela vila. Vale de Santarém acordou inundada de fotocópias e com a população aos cochichos, na rua. Uns acreditavam nela. Outros insistiam que era mais uma mentira. E Maria da Conceição fez-se à vida outra vez de mãos a abanar. "Nunca mais hei-de ser pisada", jurou. Alugou uma casa "muito pequenina" na vila e abriu um restaurante. Trabalhava 22 horas por dia e dormia em cima da arca frigorífica do restaurante.

Até que um dia, praticamente esgotada com tanto trabalho, disse, por brincadeira, a um homem que costumava almoçar no restaurante, que havia de abrir uma "casa de meninas". Ele chamou-lhe "louca". A verdade é que a mulher que agora é dona de um império até era contra a prostituição, porque no meio de tantos recomeços nunca vendeu o corpo. "Achava que as mulheres que o faziam só podiam ser fracas, porque escolhiam o caminho mais fácil e não lutavam." Mesmo assim, costumava ver algumas mulheres da vida na berma da estrada e ao mesmo tempo achava injusto que aquelas raparigas "não pudessem ter uma casa onde estivessem protegidas e menos expostas". Por coincidência, o homem a quem deixou o desabafo frequentava algumas casas do género e ajudou-a a montar o negócio, há oito anos. Em menos de 48 horas nasceu o La Siesta. Todos os projectos em que se meteu, conta Maria da Conceição, foram criados em "momentos de raiva" e para "provar à sociedade" que era capaz de chegar a algum lado. E quanto mais lhe apontavam o dedo "mais forças ganhava para vencer", admite. A Kikas intimida. Mas também chora.»


in jornal i online, 10-9-2011
Imagem in Google

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Muge: Bebé de 18 meses morreu em colisão entre duas viaturas


«Uma criança com cerca de 18 meses morreu, esta quarta-feira, na sequência da colisão entre duas viaturas na estrada nacional 118, junto a Benfica do Ribatejo, num acidente que provocou mais quatro feridos.

Segundo disse à Agência Lusa o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, a criança, que sofreu uma paragem cardiorrespiratória ainda foi transportada para o hospital de Santarém, mas acabou por falecer.

Dos outros feridos, dois são considerados em estado grave e dois ligeiros, disse, adiantando que o acidente ocorreu cerca das 13.15 horas.

De acordo com a mesma fonte, foi enviado para o local do acidente um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com um médico, uma vez que a viatura médica de emergência e reanimação do hospital de Santarém estava inoperacional.

No local estiveram 22 elementos e oito viaturas das corporações de bombeiros de Almeirim e Salvaterra de Magos e ainda o núcleo de investigação criminal da GNR.

A colisão envolveu uma viatura ligeira de passageiros e outra de ligeira de mercadorias, adiantou.»


in JN online, 07-9-2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Serviço Ferroviário de Passageiros Coruche/Setil termina no dia 30/9/2011



«A 22 de Julho de 2009 foi celebrado um Protocolo entre a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Câmara Municipal de Coruche, Câmara Municipal do Cartaxo e CP – Comboios de Portugal e a Refer, que permitiu a reabertura da Linha de Vendas Novas (Coruche/Setil) ao transporte ferroviário de passageiros.

Um Protocolo que pela sua importância e dimensão, foi na altura considerado pela própria tutela como um protocolo inovador a nível nacional.

Decorridos os seus 2 anos de período experimental de exploração da linha, a Administração da CP reuniu a 14 de Julho com os 3 Municípios, tendo Salvaterra de Magos e Coruche demonstrado interesse na renovação deste protocolo e na consequente continuidade deste serviço à população.

Na corrente semana a Administração da CP informou a Câmara Municipal que a partir do próximo dia 1 de Outubro deixará de efectuar este serviço, não renovando o protocolo.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos lamenta esta decisão, pois cumpriu todos os compromissos que no âmbito deste protocolo assumiu com a CP, financeiros e não-financeiros, lamentando inclusive que o esforço desenvolvido e reconhecido em 2009, na implementação de um meio de transporte amigo do ambiente e potencial elemento de desenvolvimento da região, seja deste modo finalizado.

Honrámos os nossos pagamentos, criámos redes complementares de circuitos rodoviários de acesso às estações de Muge e de Marinhais através da rede municipal Magos Bus, e dentro das nossas possibilidades incentivámos à utilização deste meio de transporte por parte da nossa população.

Lamentamos a finalização deste serviço, decidido pela CP, e os transtornos que o fim deste serviço trará aos nossos munícipes, pois somos o município que maior número de passageiros diários tem a utilizar este transporte público.

Um descontentamento que já fizemos chegar à Administração da CP e que é reforçado pelo conhecimento público da existência de diversas linhas a nível nacional com perdas na sua exploração, que permanecem activas.

Paços do Concelho, 01 de Setembro de 2011

A Presidente da Câmara Municipal

Ana Cristina Ribeiro»


(01-9-2011)

Câmara de Salvaterra de Magos assumiu o serviço de correios em Marinhais


Protocolo com os CTT foi assinado na tarde de ontem e o serviço já é assegurado pela Câmara na sua Delegação em Marinhais.



Decorreu no final da tarde de ontem, na Delegação da Câmara Municipal em Marinhais, a assinatura do protocolo de cooperação celebrado entre o Município de Salvaterra de Magos e os CTT, que regula a continuidade dos serviços anteriormente prestados na estação de correios de Marinhais e que a Câmara Municipal agora passa a prestar à população na sua Delegação.

Um Protocolo que resulta da decisão de encerramento da estação CTT de Marinhais, que conduzia a população de Marinhais a ficar sem este importante serviço. Perante tal facto a Câmara Municipal diligenciou no sentido de assegurar a prestação dos serviços prestados na estação, passando com o presente protocolo a própria Câmara Municipal, na sua Delegação de Marinhais, a prestar este importante serviço à população da freguesia.

Na cerimónia de assinatura protocolar estiveram presentes a Sra. Presidente da Câmara Municipal, Ana Cristina Ribeiro, e em representação dos CTT esteve o Sr. Eng. Pedro Coelho, Administrador da empresa, que perante uma plateia composta por entidades e munícipes da freguesia, rubricaram o documento que permite a abertura do posto de correios de Marinhais, já no dia de hoje, 1 de Setembro.

Com o presente protocolo a Câmara Municipal impediu que o encerramento da estação dos CTT de Marinhais significasse o fim da prestação daqueles importantes serviços na freguesia, dado que na sua Delegação a Câmara Municipal continua a prestar a totalidade dos serviços anteriormente disponíveis pelos CTT na estação entretanto encerrada, nomeadamente:
  • Aceitação e entrega de envios de correspondência nacionais e internacionais
  • Venda de envelopes pré-franquiados
  • Realização de cobranças postais
  • Recepção e pagamento de vales postais nacionais
  • Aceitação e entrega de registos nacionais e internacionais
  • Aceitação e entrega de encomendas postais
  • Venda de produtos de coleccionismo
  • Carregamento de telemóveis
  • Serviço de apartados
  • Pagamento de SCUT’s
  • Aceitação de Correio Contratual
Este serviço é totalmente assegurado por profissionais da Câmara Municipal, que nos últimos dias tiveram acções de formação prestadas pelos CTT, estando assim aptos à prestação dos diversos serviços disponíveis à população de Marinhais, a partir de hoje, no horário compreendido entre as 09h00/12h30 e as 14h00/17h30, de 2ª a 6ª feira, na Delegação da Câmara Municipal, em Marinhais, na Rua João Pinto Figueiredo.

Nesta cerimónia, a Sra. Presidente referiu também que “apesar do cenário preocupante de encerramento contínuo de serviços públicos, a Câmara Municipal congratula-se pela solução que conseguiu encontrar, e que assim impede que a população de Marinhais fique sem este importante serviço no seu dia-a-dia.”




(01-9-2011)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ana Patrícia Figueiredo, de 27 anos, natural do Granho, morta pelo marido no Cadaval


«Patrícia Figueiredo já apresentara queixa contra o marido, Pedro, por violência doméstica.


- Ana Patrícia Figueiredo -


Patrícia Figueiredo, jovem herdeira de uma fortuna de largos milhões de euros, vivia dentro da Quinta da Junceira, no Cadaval, "aterrorizada com medo do marido", que já a levara a apresentar uma queixa na GNR por violência doméstica, conta ao CM um familiar. Até que, no domingo de madrugada, Pedro Ouro regressou de uma viagem a Londres e matou--a com três tiros de caçadeira, no quarto onde estava o filho de dois anos do casal.

Em causa, apurou o CM, estavam ciúmes e uma guerra pelos milhões da família. Os pais de Patrícia, de 27 anos, já morreram e esta teria chegado recentemente a um acordo com o irmão quanto à partilha dos bens. Contra a vontade do marido.

A vítima foi atingida no abdómen, no tórax e nos braços, na zona do pulso, o que dá a entender à Judiciária que Patrícia tentou proteger-se dos disparos. No quarto, além da cama remexida, ficou uma enorme poça de sangue, os sapatos da mulher e do filho. Depois do homicídio, Pedro Ouro, de 31 anos – que ontem foi presente ao juiz e ficou em prisão preventiva – pegou no carro da vítima e entregou-se no posto da GNR com o filho. Mas não confessou o crime: disse à PJ que se tratou de um acidente.

Os tios da vítima suspeitam de que tudo se ficou a dever ao facto de Patrícia ter entrado em acordo com o irmão, para a divisão da herança familiar. Mas há quem avance com a hipótese de o homicídio ter sido motivado pelos ciúmes.

Ontem à tarde, Pedro Ouro, ex-comercial da imobiliária Remax, chegou ao Tribunal do Cadaval depois das 14h00, de onde saiu com a medida de coacção mais grave: cadeia até ao julgamento.

À frente do Palácio da Justiça, estiveram concentrados alguns familiares da vítima, mas a entrada e saída de Pedro Ouro num carro da PJ decorreu com tranquilidade e sem manifestações de animosidade.

CONHECERAM-SE NUM HOTEL ONDE ELE TRABALHAVA

A história de Pedro e Patrícia começou a escrever-se há quatro anos, quando a vítima foi com a mãe à Bélgica comprar um carro para o irmão. Pedro trabalhava numa unidade hoteleira, onde Patrícia entrou. Apaixonaram-se e ela deixou o namorado que tinha na altura, para se juntar com ele. Da união nasceu um menino, agora com dois anos. A partir do momento em que passaram a viver juntos, e depois da morte da mãe de Patrícia, os familiares da rapariga afastaram--se. "Ele dizia-lhe que os tios só queriam o dinheiro dos sobrinhos, o que é uma tremenda mentira", lamenta Joaquim Ventura. Quem conhecia Pedro Ouro, embora reconheça que tinha "mau feitio", recorda que trabalhava na quinta e negociava em imóveis.

HOMICIDA TENTOU PÔR QUINTA À VENDA POR SEIS MILHÕES

A Quinta da Junceira, onde ocorreu o homicídio, tem um total de 83 hectares e é apenas um dos muitos bens que Patrícia e o irmão tinham herdado dos pais, já falecidos. Há um mês, Pedro Ouro contactou uma imobiliária, apresentando-se como proprietário do imóvel, que pretendia vender por seis milhões de euros. Os dois irmãos tinham ainda propriedades nos concelhos de Abrantes e de Torres Vedras e pelo menos um apartamento em Lisboa. Recentemente, tinham chegado a acordo para fazer a partilha dos bens, decisão que não agradou ao companheiro de Patrícia. A fortuna foi sendo acumulada ao longo dos anos por António da Conceição Figueiredo, pai da vítima, um dos principais comerciantes de madeira da região.»


in CM online, 30-8-2011


Notas do editor do blogue 'Ecos de Salvaterra':
Ana Patrícia Figueiredo era sobrinha de Joaquim Ventura, presidente da Junta de Freguesia do Granho, a quem apresento as minhas sentidas condolências.