sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Diocese de Santarém suspende padre suspeito de abusar de escuteira


«A Diocese de Santarém iniciou um "processo canónico de averiguações a propósito de suspeitas" sobre o pároco das paróquias de Golegã, Azinhaga e Pombalinho, segundo um comunicado divulgado pelo vigário geral da diocese na Internet.


"É a preocupação pelo bem de todas as pessoas que preside a este processo", afirma o padre Aníbal Manuel Vieira, adiantando que "estão a ser cumpridas todas as normas canónicas que dizem respeito a estes casos".

Contactado pela Lusa, o vigário geral apenas adiantou que o processo ao padre das paróquias de Golegã, Azinhaga e Pombalinho "faz parte dos procedimentos normais quando há rumores", não tendo havido qualquer queixa formal junto da diocese.

Segundo noticia o Jornal de Notícias, o padre é suspeito de "atos menos corretos" do pároco, alegadamente vítima de doença do "foro psíquico", e que terão envolvido jovens durante um acampamento de escuteiros.

"O sacerdote encontra-se dispensado de todos os seus encargos. Tal não implica um juízo sobre a sua pessoa, ou sobre os factos, mas favorece a averiguação da verdade", refere a nota da diocese.

Declarando-se "disponível para colaborar em tudo com as instâncias civis", a Diocese de Santarém afirma estar "em contacto com os familiares para dar todo o apoio necessário".

"A diocese deseja manifestar que está próxima dos jovens e suas famílias e de toda a comunidade. Compreende e partilha a perplexidade e tristeza de todos. Está determinada a colaborar para criar um ambiente sereno e seguro para todos", conclui.

A Conferência Episcopal Portuguesa divulgou, em abril de 2012, um conjunto de diretrizes para o tratamento de eventuais casos de abuso sexual de menores ocorridos na Igreja Católica, destacando a necessidade de colaboração com as autoridades civis.»



Fonte: JN online, 06-11-2013

709 anos de Foral. Parabéns, Muge!



- Clique na imagem para ampliar -



No dia 6 de Dezembro de 1304, o Rei D. Dinis outorgou à vila de Muge Carta de Foral. Este documento régio, legista e regulamenta aspectos jurídicos e sociais desta nova povoação.

O foral de Muge revela também os privilégios, regalias e obrigações destes povoadores. Destaca-se a abertura das águas do Paul, é um processo de arroteamento para aproveitamento agrícola destas terras, a nomeação de um alcaide para regimentar a justiça e finalmente as barcas de passagem no Porto de Muge.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos relembra a outorga, dando a conhecer o texto do foral.

Carta de Foral a Muge (6 de Dezembro)

Em Nome de Deus, Amem

Saibam quantos esta carta virem que eu D. Dinis, pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, em sembra com a minha mulher Rainha D. Isabel e com o Infante D. Afonso, nosso filho primeiro, e herdeiro, dou e outorgo Foral a vós povoadores da minha povoação de Muge.

E vós e todos vossos sucessores, devem ser livres e isentos, que não façam foro a mim, nem aos meus sucessores, salvo dardes dízimo a Deus.

Deves dar a mim e a todos meus sucessores, o quarto de fruto que Deus der na vinha de Vale de Lobos.

Deves fazer abertas no Paul que a água dele seja fora, e a essas abertas vos devo mandar fazer pontes de madeira, para que o dito Paul seja e possa ser servido.

E mando-vos fazer uma ponte de pedra sobre a abertura de Muge.

E eu dou e outorgo a vós para todo o sempre porto no Tejo em que metade das barcas por onde passem, assim como no Porto de Santarém.

E vós povoadores que em essa pobra morarem continuamente sereis livre de fossado e jugada.

Deve haver alcaide, para todo o sempre e mando que não respondam senão perante os seus juízes.

Dei a este povoadores esta carta selada do meu selo de chumbo.

Dado em Santarém a 6 de Dezembro de 1304



Imagem com vista aérea de Muge in Google