domingo, 13 de outubro de 2013

Ex-presidente socialista Rui Barreiro critica Idália Serrão candidata do PS à Câmara de Santarém



O ex-presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro, criticou este sábado duramente a estratégia socialista na corrida à autarquia scalabitana nas eleições autárquicas de 29 de Setembro.


 Rui Barreiro (à esquerda) e Idália Serrão estiveram sempre distantes na campanha (Foto Facebook Idália Serrão)




Num texto escrito na sua página do facebook, Barreiro assume que gostava de ter sido candidato à Assembleia Municipal e lamenta que o PS tenha conseguido o segundo pior resultado de sempre em Santarém nas mesmas eleições onde conseguiu o melhor resultado de sempre no distrito.
Num longo texto intitulado “As eleições autárquicas: "balanço e prospectiva", Rui Barreiro começa por destacar a elevada abstenção e por enaltecer a participação dos militantes na campanha.
Passada a introdução, o ex-autarca começa ao ataque, não poupando Idália Serrão, cabeça de lista do PS em Santarém. “Como já disse nos locais próprios podíamos ter ganho com a Idália como candidata mas perdemos por causa dela!”, diz Rui Barreiro, acrescentando que, “do ponto de vista pessoal” tem “algumas razões de queixa” mas admitindo que o problema “não seja só dela”.
“Quando ganhei a Câmara, em 2001, aceitei que JM Noras fosse o candidato do PS à Assembleia Municipal em nome da unidade do PS! Em 2005 aceitei que a Idália fosse a candidata à Assembleia Municipal em nome dessa mesma unidade! Provavelmente fiz mal! Ou não?! A Idália não fez isso mas ela lá saberá porquê!?”, afirma Rui Barreiro.
Destacando o que considera terem sido “alguns erros que se cometeram” o antigo presidente da autarquia, diz que “ao escolher uma estrutura de campanha apenas com elementos que pertenciam ao grupo que tinha perdido as eleições internas para a concelhia do PS”, Idália Serrão “dividiu o PS local”.



Rui Barreiro (à esquerda) acompanhou a arruada com António José Seguro (Foto Facebook Idália Serrão)




“Custava alguma coisa ter uma estrutura de campanha que representasse as diferentes "sensibilidades" do PS e acrescentasse experiência à direção de campanha?”, questiona Barreiro, exemplificando com nomes como o seu mas não só. “Podia ser eu mas podia ter sido Botas Castanho, Raul Violante, Joaquim Neto, Manuel Afonso, Dúnia Palma, Carlos Abreu, Pedro Braz, Luis Almeida e muitos mais! O PS tinha e tem personalidades que seriam focos de união e reforço do empenhamento na campanha!”, analisa Rui Barreiro, esclarecendo que nada tem, do pontode vista pessoal, “contra o candidato escolhido pela Idália!”.
“A falta de empatia, de afectividade, de proximidade acabou por condenar ao fracasso a nossa candidatura!”, considera o ex-autarca, antes de identificar outro erro da campanha socialista.
“Durante a campanha o silêncio sobre a gestão de Moita Flores foi ensurdecedor! Assim como as intervenções nas freguesias foram completamente ao lado do que interessava às populações locais! Grandes "injeções" sobre a Escola Prática de Cavalaria, o Nersant ou os supostos boatos da campanha preenchiam um discurso" estridente" e pouco entusiasmante!”, diz Rui Barreiro
A terminar o texto, o antigo presidente da Câmara de Santarém diz esperar que o PS “tenha uma atitude responsável” e considera precipitada a decisão de Idália Serrão em não aceitar pelouros: “O mandato vai ser difícil mas a obrigação de todos os eleitos é facilitarem o entendimento e pensarem em primeiro lugar no Concelho para o qual foram eleitos!”, conclui.



Fonte: Rede regional, 12-10-2013

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