Estávamos em pleno ano de 1962 quando, após as marchas populares, Felício Pedro e Ricardo Silva decidiram formar o Rancho Folclórico do Granho. A ideia era continuar com o convívio e a alegria vividos nesses dois festejos.
Como forma de simbolizar a alegria e o ambiente de festa vivido, vestiu-se nas raparigas o seu traje mais rico, que normalmente era usado em dias de festa ou em ocasiões especiais. Em relação aos rapazes, optou-se por lhes vestir o fato de gala do campino da Casa Cadaval.
Embora fundado em 1962, o Rancho Folclórico do Granho começou por ter um funcionamento mais sério e frequente a partir de 1974 pelas mãos do seu ensaiador Sr. Joaquim Sete Saias. Até esta altura, várias foram as vezes que, devido a problemas de várias ordens, este rancho se viu forçado a suspender temporariamente as suas actividades, para desgosto do Povo do Granho.
Então, a partir de 1974, o rancho começou por efectuar trabalhos de pesquisa junto da população mais idosa, e então mais sábia. O objectivo era reunir o máximo de informação possível para elaborar em reportório de canções, danças e costumes que fossem um retrato perfeito dos antepassados da região.
Sempre com a preocupação de transmitir os usos e costumes do seu povo a quem assiste às suas actuações, o rancho desde sempre deu uma forte importância aos adereços utilizados pelos seus membros. Assim sendo, temos presente na maior parte das suas representações adereços tradicionais como pompilhos, escalhos, uma bilha de barro que servia para transportar a água, água essa que era servida aos campinos e utilizada no campo, e ainda uma cesta onde era transportada a merenda dos homens que trabalhavam com o gado. Todos os trajes deste grupo são uma cópia fiel do que era usado em tempos remotos.
Temos então a título de exemplo o traje de campino em dia de festa nos rapazes que era constituído por calção azul-escuro, colete encarnado e camisa branca de peitilho. Utiliza ainda um barrete verde e uma cinta vermelha, tal como meias brancas e sapatos pretos com as respectivas esporas. (foto de cima)
Nas mulheres podemos enunciar o traje de campo composto por uma saia de riscado e uma blusa de chita ou opalina às florezinhas, assim como um avental direito quase a tocar a saia. Para finalizar, veste ainda um burgo amarelo, canos e tamancos. (foto de cima)
Fundação: Ano de 1962.
Região Etnográfica: Ribatejo.
Danças Tradicionais: Verde-gaio Valseado, Granho ao Entardecer, Granho em Festa, Fandango, Fadinho Batido, Fado do Campo, Vira da Alice, Vira Boeiro, Passe Quatre.
Trajes: Campino, do Campo, de Festa, Domingueiro.