quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Morreu o poeta popular João Vieira (Sabino), natural de Muge

 
 


 
João Vieira (Sabino), um grande Poeta Popular da nossa região e do nosso País, morreu esta madrugada, aos 92 anos, no Hospital de Vila Franca de Xira. O Município de Benavente está de luto pela morte do seu poeta popular tão carismático e sedutor com as palavras.
 
Um Homem de Saberes, João Vieira, para os amigos João “Sabino”, nasceu na Vila de Muge, a 15 de Outubro de 1920.
 
Foi trabalhador rural, feitor na Mata do Duque, Director dos Serviços Agrícolas na F.I.T. (Fomento da Indústria do Tomate), Agricultor, Inventor e Poeta Popular. Residia em Benavente desde 1960.
 
A sua enorme capacidade de comunicação, o seu verbo agudo e vivo, a inventiva poética e a sua humanidade tocante, granjearam-lhe o respeito e a admiração de todos aqueles que com ele privaram.
 
Era difícil não ser seu amigo, como difícil era não ficar contagiado pelo seu optimismo, pelos seus conselhos, pelo seu amor à vida – e pelos seus versos, os quais lhe surgiam espontâneos e inesperados, plenos de verdade e ensinamentos.
 
A poesia de João “Sabino” permanece, nos livros que nos deixou, como testemunho de um tempo, de uma fulgurante e lúcida memória. Por estes versos perpassa uma preocupada lisura, de sentido moral e social, uma vibração incomum, uma sensibilidade à flor da pele e um profundo saber das coisas do mundo e da vida. Uma poesia, que sendo popular (ou seja, não académica nem enfeudada a ressonâncias espúrias) se escreve no sentido, nos sentidos mais amplos e perenes de vida e do vivido.
 
João Vieira (Sabino), publicou 4 livros de versos: “Versos dos Saberes da Vida” (2001); “Versos do Coração” (2002); “Pão de Versos” (2003) e “Frutos de Outono” (2003), todos em edição de autor, e um livro de memórias “A Minha História” (Publicação da Câmara Municipal de Benavente / 2005), no qual o autor a ver, na simplicidade do discurso directo, escrevendo como falava, o seu singular percurso, abrindo-nos as portas da sua vida, da sua intimidade, contando-nos de forma sentida e, por vezes, empolgada, a caminhada por uma vida recheada e invulgar.
 
João Vieira (Sabino) um homem dentro do seu tempo, do nosso tempo – Um Homem de Saberes.
 
 
 
 
 
 
 
Nota do editor:
O funeral de João Vieira (Sabino) realiza-se amanhã, sexta-feira, 30 de novembro de 2012, pelas 11 horas, na Igreja Matriz de Benavente.

sábado, 24 de novembro de 2012

Almeirim: Acidente muito grave com equipa de juniores de hoquei dos Corujas mata jovem com 31 anos

 
 
«Ocorreu às 20h10, desta sexta-feira dia 23 novembro, um acidente muito grave na Estrada Nacional 118, a seguir à Compal.

Trata-se de uma colisão frontal, no mesmo local onde em Agosto morreu Carlos Alberto, ex. jogador de futebol.

A colisão foi entre um carro ligeiro e uma carrinha de uma equipa de hoquei, que transportava jovens jogadores.

"Trata-se de uma equipa de juniores do Corujas que iam a jogo de treino em Tomar. O treindor e o motorista inspiram alguns cuidados mas não é nada de grave" , diz ao Almeirinense fonte do clube.

Ao que O Almeirinense apurou há a registar um morto (um jovem de Almeirim com 31 anos) e nove feridos que estão a ser transportados para o hospital de Distrital de Santarém.

Os feridos são sete jogadores, o treinador e o motorista. O morto será o condutor da viatura ligeira.
Estão mobilizados os bombeiros de Almeirim, Alpiarça e Santarém.

A GNR tem a equipa de investigação no terreno.»



Fonte: O Almeirinense online, 23-11-2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Marinhais: Cavaleiro tauromáquico Pedro Salvador detido com notas falsas

 
«O cavaleiro tauromáquico Pedro Salvador, 35 anos, residente em Marinhais, foi detido na terça-feira, 13 de Novembro, por uma patrulha da GNR, pelas 16h30 na rotunda do Belo Jardim, em Samora Correia.
 
 
 
 
 
Pedro Salvador encontrava-se na posse de uma nota falsa de 50 euros e de três notas falsas de 20 euros. Tinha também na sua posse uma pistola, não possuindo licença de uso e porte de armas.
 
Militares do posto de GNR de Samora Correia detiveram o cavaleiro tauromáquico depois da denúncia do proprietário de um posto de abastecimento de combustível em Salvaterra de Magos. Pedro Salvador pagou o abastecimento da sua viatura com uma nota falsa de 50 euros momentos antes de chegar a Samora Correia.
 
Segundo fonte policial, apenas a nota de 50 euros estava bem falsificada. As três notas de 20 euros eram, segundo a mesma fonte, “descobertas até por um leigo”.

 
Pedro Salvador esteve detido duas noites no posto da GNR já que devido à greve geral que decorreu ontem não foi possível ouvi-lo. Vai ser hoje, 15 de Novembro, presente a tribunal.
 
O jovem, natural de Samora Correia, mudou-se para Marinhais depois de casar.»
 
 
 
Texto recebido por e-mail de Óscar da Silva
Imagem in Google

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos acusa PS e PSD de enganarem a população



«A concelhia do Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos afirmou hoje que a Unidade Técnica da Assembleia da Republica responsável pelo processo da reforma administrativa lhe “deu razão” ao rejeitar a pronúncia aprovada pelo PS e pelo PSD na Assembleia Municipal.
 
Em comunicado, o BE afirma que o PS, autor da proposta que apontava para a agregação do Granho a outra freguesia, “andou a enganar a população do concelho de Salvaterra de Magos e perturbou negativamente e com má-fé o esclarecimento e participação da população neste processo”.
 
O BE afirma que tanto o PS como o PSD locais “prometeram que com a pronúncia iam salvar freguesias” no concelho, demonstrando uma “voracidade” na aplicação da lei que só serviu para “dividir a população e colocar as freguesias umas contra as outras”.»




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tribunal de Benavente: Estado condenado por deixar estragar carros apreendidos em processo

 
«O Tribunal de Benavente condenou o Estado a pagar 177 mil euros a um stand de automóveis por devolver em completo estado de degradação 56 viaturas apreendidas num processo judicial que acabou com a absolvição do gerente.

Segundo a sentença, a que a agência Lusa teve acesso, as viaturas estiveram, entre julho de 2008 e agosto de 2010, no parque de viaturas do Vale do Forno, na freguesia de Carnide em Lisboa, "no meio de erva de cerca de um metro de altura, votados ao abandono, apresentando ninhos de rato no motor".

O sócio-gerente da Autobenaventense, Armindo dos Santos Aparício, foi constituído arguido no âmbito da "operação chicote", em 2008, mas acabou ilibado dos crimes de furto e de viciação de veículos, de falsificação de documentos e de associação criminosa. A empresa intentou uma ação cível contra o Estado ainda no decorrer do processo-crime.

Os automóveis encontravam-se à venda no stand quando foram levados por agentes da PSP, a 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2008, na sequência de um mandado de busca e apreensão do Ministério Público.

As 56 viaturas estiveram dois anos e 13 dias no parque da PSP, em Vale do Forno, em "condições de abandono, sujeitas às intempéries e a animais roedores e a insetos, sem qualquer manutenção ou reparação", o que provocou danos, explica a sentença assinada pela juíza Carla Ventura.

Segundo o Tribunal de Benavente, "não restam dúvidas de que houve uma efetiva violação dos deveres de guarda e de restituição das viaturas", uma vez que as mesmas foram devolvidas "em estado de degradação".

A sentença determina que o Estado Português tem de indemnizar a Autobenaventense em 177 mil euros, acrescidos de juros de mora, por danos patrimoniais: 68.413 euros a título de desvalorização do valor dos veículos e 108.596 euros para reparação das viaturas.

Para o tribunal, cabia ao Ministério Público e à PSP "preservar os bens apreendidos", de modo a que, caso não fosse determinada a sua entrega ao Estado (o que veio a acontecer), estes pudessem ser restituídos ao seu proprietário no mesmo estado de conservação em que se encontravam aquando da apreensão.

Assim, o Ministério Público e a PSP "atuaram como entidades públicas, em representação do Estado", que, segundo o acórdão, é proprietário do parque.

A sentença salienta que foram violados os deveres de guarda e de restituição dos veículos no estado em que se encontravam à data da apreensão, o que configura uma atuação "ilícita" e "culposa", porque era exigível aos responsáveis pelo depósito dos veículos que zelassem pelo seu bom estado de conservação, o que "não fizeram".

Fonte ligada ao processo explicou à Lusa que, cerca de um mês após a detenção do sócio-gerente do stand, a defesa, além de interpor a ação principal contra o Estado - que agora deu origem a esta condenação - interpôs uma providência cautelar para que as viaturas fossem devidamente cuidadas, antevendo a degradação dos automóveis, o que veio a acontecer.

Contudo, a providência cautelar não foi pelo Tribunal de Benavente.»




in JN online, 05-11-2012