- Arsénio Dias -
O colectivo de juízes concluiu que o arguido, Arsénio Dias, com um passado manchado por casos de violência doméstica, não manifestou, durante o julgamento, qualquer arrependimento pelo homicídio do pai, chegando a afirmar que apenas tentou imobilizá-lo para se defender. Alegou que o pai, João Dias, 59 anos, também o agredia e que naquela noite tinha batido com a cabeça numa pedra.
Ficou provado em tribunal que o arguido agiu com crueldade e de forma "violentíssima". Depois de ter dado um soco na cara ao pai, atirando-o ao chão, saltou várias vezes a pés juntos sobre o corpo, ao mesmo tempo que lhe dava pontapés.
Ao aperceber-se da situação, a mãe, Quitéria Coutinho, começou a gritar por socorro, enquanto procurava afastar o filho, mas este empurrou-a para o chão com tal violência que perdeu os sentidos. Quando recuperou, tentou fugir para casa de familiares, mas foi impedida pelo filho, que a agrediu a murro e pontapé . Valeram-lhe outras pessoas que iam a passar na rua e a salvaram, enquanto o agressor fugia, vindo mais tarde a entregar-se à GNR.
Ao ouvir a condenação, a defesa de Arsénio Dias anunciou de imediato que pretendia recorrer da decisão, alegando que o arguido deveria ser considerado inimputável.
O Ministério Público de Benavente já fez saber que discorda, defendendo que o arguido não apresenta sinais ou sintomas que constituam anomalia psíquica grave e capaz de o impedir de avaliar a realidade.»
in Correio da Manhã online, 19-10-2011
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