«"Não há razão nenhuma para se fazer uma coisa destas num lugar sagrado. Tem de haver limites", desabafa Maria José Trindade, enquanto olha para o jazigo do marido, de onde foi furtada uma estatueta. É uma das 30 campas do cemitério de Muge, Salvaterra de Magos, vandalizadas na madrugada de quinta-feira.
- Maria José Trindade ficou devastada ao ver a campa do marido vandalizada -
"Os ladrões procuravam sobretudo artigos de cobre e acabaram por levar outras peças, muitas delas de baixo valor", disse ontem o presidente da junta de freguesia, César Diogo. Foram furtados crucifixos em metal, jarras, imagens de santos, livros em pedra e outras peças de arte sacra. Os autores do crime partiram jazigos e pedras.
Como o cadeado do portão não foi arrombado, os assaltantes terão saltado um muro na parte nova do cemitério, numa zona de pinhal. Foi nesta zona que se detectaram mais estragos. Os ladrões usaram os caixotes do lixo do cemitério para transportar os bens furtados, mas acabaram por deixar um para trás. Foi nele que Domitília Lopes encontrou um crucifixo, que colocou há sete anos na campa do marido, e que lhe custou na altura 300 euros. "Levaram-me também duas jarras, mas essas já não as devo recuperar", diz a viúva.»
in CM online, 30-7-2011
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