sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Ponte Romana de Muge











Ponte romana, reformada na época medieval que atravessa a ribeira de Muge, com tabuleiro em seixo e guardas em aparelho aberto por frestas, assente em 3 arcos desiguais, de volta perfeita.
Pelo aparelho de construção usado, em especial no arco de maiores dimensões, verifica-se sem dúvida que a sua origem é romana, contudo os outros dois arcos mais pequenos, pela sua tipologia são atribuíveis à Idade Média








Construída no período romano, é um importante vestígio da presença daquele povo no concelho de Salvaterra de Magos.






A presença romana na freguesia de Muge, está bem acentuada no lugar de Porto de Sabugueiro.
Neste local encontram-se os vestígios mais marcantes deste período histórico.
O Porto de Sabugueiro, devido à sua proximidade junto ao rio Tejo, foi durante o período romano, um importante porto fluvial, as escavações realizadas e os estudos publicados, definem este local como uma importante vila romana, com produção de material cerâmico, devido à existência de um forno de cerâmica, aqui encontrado na década de 60.







Esta Ponte foi um dos principais pontos de travessia, que ligava Muge, quer ao interior do país (Alentejo), quer à cidade de Santarém.
Possui um inegável valor histórico, fazendo parte da memória e identidade patrimonial do concelho de Salvaterra de Magos.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

714 ANOS DE FORAL - PARABÉNS, MUGE!


Muge: 714 anos de Foral

(clicar nas fotos para as ver completas)



No dia 6 de Dezembro de 1304, o Rei D. Dinis outorgou à vila de Muge Carta de Foral.
O documento régio, legista e regulamenta aspectos jurídicos e sociais desta nova povoação.
 O foral de Muge revela também os privilégios, regalias e obrigações destes povoadores.
Destaca-se a abertura das águas do Paul, é um processo de arroteamento para aproveitamento agrícola destas terras, a nomeação de um alcaide para regimentar a justiça e finalmente as barcas de passagem no Porto de Muge.




Carta de Foral a Muge:


«Em Nome de Deus, Amem
 
Saibam quantos esta carta virem que eu D. Dinis, pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, em sembra com a minha mulher Rainha D. Isabel e com o Infante D. Afonso, nosso filho primeiro, e herdeiro, dou e outorgo Foral a vós povoadores da minha povoação de Muge.
 
E vós e todos vossos sucessores, devem ser livres e isentos, que não façam foro a mim, nem aos meus sucessores, salvo dardes dízimo a Deus.
 
Deves dar a mim e a todos meus sucessores, o quarto de fruto que Deus der na vinha de Vale de Lobos.
 
Deves fazer abertas no Paul que a água dele seja fora, e a essas abertas vos devo mandar fazer pontes de madeira, para que o dito Paul seja e possa ser servido.
 
E mando-vos fazer uma ponte de pedra sobre a abertura de Muge.
 
E eu dou e outorgo a vós para todo o sempre porto no Tejo em que metade das barcas por onde passem, assim como no Porto de Santarém.
 
E vós povoadores que em essa pobra morarem continuamente sereis livre de fossado e jugada.
 
Deve haver alcaide, para todo o sempre e mando que não respondam senão perante os seus juízes.
 
Dei a este povoadores esta carta selada do meu selo de chumbo.

Dado em Santarém a 6 de Dezembro de 1304»